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FC Porto vence clássico de alto nível
Esta noite aguardava-se com tremenda expectativa o segundo clássico da época. Depois dos dragões terem visitado Alvalade a semana passada, era agora a vez de serem os azuis e brancos os anfitriões, para um jogo de nervos com o SL Benfica.

Depois de uma conturbada semana, em que os protagonistas foram os dirigentes e, como não podia deixar de ser, as arbitragens, era aguardado o grande jogo da 8ª jornada, um sempre motivante FC Porto e SL Benfica. Um enorme revés para um enorme espectáculo que é um derby desta dimensão é a falta de adeptos do clube da Luz e que em muito acaba por manchar a festa do futebol, mas que ainda assim não impediu o jogo de ser agradável aos olhos de quem lá esteve.

O Porto entrou em campo com o seu onze habitual, com destaque para o regresso do "puto maravilha", Anderson, e para a titularidade mantida por Fucile. Do lado das águias, muitas ausências, nomeadamente as de Miccoli e Karagounis, para não falar de Rui Costa, e com o regresso de Paulo Jorge.

O jogo iniciou-se com um remate do grego Katsouranis, que saiu ao lado do poste esquerdo da baliza de Helton, e na resposta o capitão portista, Lucho, desferiu um potente remate à figura de Quim. Estava assim dado o mote para uma partida bem disputada no Estádio do Dragão. Anderson teve um livre ao seu jeito, mas a bola embateu na barreira e acabou por sair um pouco por cima da barra, e o seu colega Lisandro, após canto do lado direito, cabeceou para defesa apertada de Quim.

Não foram precisos muitos minutos, mais concretamente 12, para se ver o primeiro golo da noite. Uma jogada de Hélder Postiga, que recebe a bola de costas para a baliza, roda sobre o seu adversário e remata forte para a baliza, tendo a bola sofrido um desvio em Lisandro e traíndo Quim. O Porto continuou a sua ofensiva, com o incansável Quaresma, que trabalhou bem na esquerda e rematou ao lado, tendo de imediato o Benfica respondido através de Léo, que depois de tirar Fucile do caminho, flecte para o meio e remata de pé direito, ao lado do poste esquerdo.

À passagem do minuto 20, o mágico saca o coelho da cartola, e não poderia ser outro senão Quaresma. O "ciganito" recebe a bola na esquerda, livra-se de Nélson com um toque subtil e remata em arco perante a inoperância de Quim, num fantástico golo à Ricardo Quaresma. O sinal mais continuava com os homens da casa, e Quaresma e Anderson, combinam bem e o centro segue para a cabeça de Lisandro, que sai pouco acima da barra. Anderson sofreu uma entrada dura de Katsouranis e teve de sair quando estavam contados 30 minutos, entrando Raúl Meireles para o seu lugar. Não tava em campo mais de 1 minuto quando Meireles aparece logo no jogo com um forte remate à figura de Quim.

O Benfica tem a sua grande oportunidade da primeira parte, ao minuto 37, após o mexicano Kikin aparecer na grande área pronto a rematar, com Helton em grande a defender aquele que poderia ter sido o golo inaugural das águias. Helton estaria uma vez mais em foco, depois de Paulo Jorge, também ele ter aparecido na área, após passe de Léo, a rematar para nova defesa do brasileiro. A primeira parte chegava ao fim com os dragões em vantagem por dois golos, mas com os encarnados a terem uns minutos finais cheios de oportunidades, dando uma boa réplica à desvantagem. No lado oposto, os pupilos de Jesualdo haviam perdido Anderson e isso poderia ser um enorme revés para o ataque e estratagema dos campeões, uma vez que a criatividade dependeria apenas de Quaresma.

Na segunda parte o cenário mudaria de figura, e seriam os homens do Sul a terem o controlo do jogo, depois de provavelmente Fernando Santos ter corrigido uma ou outra lacuna na equipa. Petit abriu o livro com um remate de longe, para defesa de Helton. Simão e Paulo Jorge tentaram incursões por ambos os flancos, mas rapidamente Helton e Meireles acabam com as ofensivas. Ao minuto 54 Paulo Jorge é rendido por Nuno Assis, e é aqui que o Benfica ganha mais acutilância ofensiva. Postiga ainda remata forte para defesa de Quim para canto, e seguidamente Lisandro teria feito golo, não fosse Nélson cortar a bola após centro de Postiga.

Mantorras rendeu o apagado Kikin, e o angolano seria uma boa aposta, não tendo de esperar nem um minuto, pois o Benfica reduziria ao minuto 63. Pontapé de canto para os encarnados, e Katsouranis antecipa-se a Fucile e marca o primeiro para as águias. Daqui para a frente o Benfica teria quase sempre o o jogo controlado, não tendo demorado muito mais para chegar ao golo do empate. Corria o minuto 82, os homens da Luz tabelam numa troca de bola perfeita, onde Mantorras deixa para Nélson no lado direito do ataque encarnado, e este último cruza bem rasteiro para o desvio do oportuno Nuno Gomes, que voltava a marcar no Dragão, depois de ter sido o homem do jogo há um ano atrás com um bis.

O Benfica continuava a carregar no pedal para vencer o jogo, com trocas consecutivas no meio campo, com Mantorras e Nuno Assis a distribuirem muito bem o jogo para as alas e insistindo muito em Simão, de resto como em quase todo o jogo. Mas o balde água fria viria para os comandados de Fernando Santos. O FC Porto parecendo adormecido, e com dois minutos de compensação, num arremesso lateral de Fucile, após uma pequena confusão na grande área, a bola ressalta para Bruno Moraes, entrado na partida poucos minutos antes, e dando desta forma a vitória aos azuis e brancos.

A partida acabaria pouco depois e o FC Porto isolava-se assim na competição, vencendo o derby, com alguma sorte também, mas num jogo repartido entre a 1ª parte de domínio azul e branco e a 2ª parte de domínio encarnado, pelo que o empate seria o resultado mais justo. De realçar que não houve nenhuma expulsão neste derby, o que em muito contribui para o espectáculo e só enaltece também o trabalho do árbitro, que neste caso foi positivo.

LIGA - 8.ª JORNADA

Estádio do Dragão, no Porto

Hora: 19:45

Árbitro: Lucílio Baptista (Setúbal)

MVP Planet Football 10 - Quaresma

FC PORTO – Helton; Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Paulo Assunção (Bruno Moraes, 83 m), Lucho Gonzalez, e Anderson (Raul Meireles, 30 m); Lisandro Lopez, Hélder Postiga e Ricardo Quaresma (Tarik, 73 m).

Treinador: Jesualdo Ferreira.

BENFICA – Quim; Nélson, Luisão, Ricardo Rocha e Léo; Petit e Katsouranis; Paulo Jorge (Nuno Assis, 53 m), Nuno Gomes e Simão; Kikin Fonseca (Mantorras, 61 m).

Treinador: Fernando Santos.

Acção disciplinar: cartão amarelo a Fucile e Paulo Assunção.

Golos: 1-0, Lisandro Lopez (12 m); 2-0, Ricardo Quaresma (20 m); 2-1, Katsouranis (62 m); 2-2, Nuno Gomes (81 m); 3-2, Bruno Moraes (90 m).

Resultado final: 3-2.

foto: record.pt
publicado por Pedro Ribeiro
Comentários a "FC Porto vence clássico de alto nível"
Antes de mais quere-vos desejar muito boa sorte neste vosso projecto . A minha impressão em relação aõ vosso blog foi muito positiva . Uma imagem muito apelativa e os textos bastantes coerentes .

Quanto ao jogo foi realmente muito bom e um bocado duro para as minhas cores .

Um Abraço

Gonçalo
Desportugal
29 de outubro de 2006 às 02:30  
Não acho que o empate tivesse sido justo. Pq tirando 20/30 mins em que o benfica tenha dominado o jogo o F.C.Porto foi superior.
Achei justissimo a vitória do F.C.Porto. Aquele 3º golo tardou mas não faltou.E foi bem merecido.

Qt ao blog, os meus parabéns. Espero que se discuta aqui muito futebol independentemente das cores clubisticas. Eu sou claramente PORTISTA!!

Beijokas
29 de outubro de 2006 às 13:22  
Anonymous Anónimo
Viva.

No futebol não há resultados justos ou injustos. Há sorte e azar; há "cagueira" e "enguiço".
O Jesusualdo (o obreiro da derrota caseira do Benfica com o Gondomar, para um jogo da Taça) agora parece uma espécie de Confúcio, cheio de apelos à alma, à raça e ao espírito. Como já li algures, o que ele queria dizer em relação ao 3º golo era "cagueira".
O benfica demonstrou que a jogar certeiro e sem as fífias da primeira meia hora de jogo, os 3 pontos estavam certos. Mas as contas fazem-se no final.
29 de outubro de 2006 às 17:51  
Oi! Achei a vossa análise fiel ao que se passou em campo, apenas discordo quanto à 'injustiça' do resultado. Mas cada é obviamente livre de fazer as suas interpretações. De facto, o Porto-Benfica jogado dentro das 4 linhas foi um exemplo a (quase) todos os níveis. Pena a entrada dura de Katsouranis que provocou a grave lesão de Anderson. Já ouvi várias versões, mas as estimativas apontam para cerca de 3 meses de paragem!Incrível como o grego saiu impune do lance. Mas como águas passadas não movem moinhos, aproveito para parabenizar este projecto que, até à data, desconhecia. Lanço, no entanto, uma acha para a fogueira: ao Porto-Benfica será correcto chamar derby?
Cumprimentos.

www.porto-vs-benfica.blogspot.com
29 de outubro de 2006 às 23:40  
Anonymous Anónimo
Caro Nicolau d´almeida. Desde já muito obrigado por todos os elogios que teceu relativamente ao nosso blog e referentes conteúdos, esperamos que volte sempre até porque nesta casa há espaço para todos os clubes e para todas as opiniões de igual modo, forma e liberdade. Relativamente à questão do Derby, de facto se formos muito rigorosos o FC Porto- Benfica é um clássico e não um derby, devido ao facto de as duas equipas não se encontrarem na mesma cidade. No entanto, confesso que também eu caio muitas vezes nesse "erro" e o que é certo é que é um termo que se ouve na televisão nestas ocasiões. Até o Professor Jesualdo Ferreira falou em derby quando antevia o embate entre águias e dragões. Um preciosismo, mas sem dúvida uma correcção que deve ser feita. Faremos um esforço para não ceder ao automatismo (que todos temos) que nos leva a referir como derby tudo o que são jogos entre grandes. Muito obrigado pela chamada de atenção e esperemos que seja um assíduo leitor do nosso blog. Um grande abraço
30 de outubro de 2006 às 00:10  
Anonymous Anónimo
Bem, era preciso o porto ganhar um jogo ao Benfica para se verem tantos comentários portistas por aqui... É fácil identificá-los pois só vêm o azul e branco à frente...
Mas é bom ver que o Planet está a chegar a toda a "gente", chamemos-lhe assim.
Quanto ao jogo em si, penso que o empate seria sem dúvida o resultado mais justo. Quem viu o jogo de uma forma imparcial sabe identificar isso.
Quanto à entrada do grego sobre o Anderson, não existe qualquer falta...corta a bola e inevitavelmente acerta no outro. Vejam o replay em câmara lenta e conseguem ver isso.
Mas foi um bom jogo.
Vamos agora ver como se saem os azuis e brancos sem o puto maravilha...sim, porque o cigano tem dias.
Agora que lancei bastantes pauzinhos à "fogueira", venham de lá esses comentários...vamos animar este excelente espaço!!!
30 de outubro de 2006 às 15:00  
De facto, é muito frequente chamar derby a todos os jogos grandes. Mas devemos lutar contra esses pequenos 'erros', de forma a que outros (como acontece) não adoptem também a designação errada.

Quanto à lesão do Anderson, penso que será difícil ao Porto suprir a ausência de um jogador já bastante influente, apesar da sua juventude. Todavia, o azar de uns pode ser a sorte de outros. Ibson está practicamente recuperado, há Jorginho, e Moraes pode até entrar no onze, recuando Postiga para a posição de '10', como Adriaanse pretendia fazer na época passada. Mas claro que quem quer que entre no onze, não dará a mesma a magia e criatividade que Anderson emprestava ao futebol portista.

Claro que serei um leitor assíduo do vosso blog. Gostei bastante dos vossos conteúdos, especialmente do espaço dado ao futebol brasileiro. Continuação do bom trabalho em prol desse desporto que tanto nos absorve.
Cumprimentos.

www.porto-vs-benfica.blogspot.com
30 de outubro de 2006 às 22:46  
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