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Por que não te calas?

"Parece que afinal não colheu muito junto do árbitro, porque Pedro Henrique não deve ter ouvido aquilo que eu disse."
Jesualdo Ferreira, técnico do FC Porto, após a vitória nos Barreiros.

Quando uma equipa perde por 3-0, no seu estádio, qualquer pessoa conclui que o vencedor exibiu um poder apocalíptico, amarfanhando o anfitrião até à inanição. Mas qualquer pessoa lúcida, e mesmo relevando o sectarismo, sabe que a realidade do jogo entre o Marítimo e o FC Porto esteve nos antípodas de um massacre. Durante a primeira parte, o Marítimo, ao contrário das minhas previsões, foi a equipa que mais tempo dispôs da bola em seu poder, engendrando ataques que tornaram evidentes a orfandade de Makukula. Não obstante o trabalho laborioso de André Pinto, o brasileiro não apresenta as mesmas características de Makukula, ponta-de-lança que se harmonizava com o futebol praticado pelos madeirenses. Os insulares foram sóbrios e incisivos, enfrentando um FC Porto poderoso, munido de jogadores viperinos na frente. Exceptuando o remate de Fucile - para uma notável intervenção de Marcos - o ímpeto expectável dos visitantes foi sustido, dispondo o Marítimo de, pelo menos, três oportunidades para inaugurar o marcador. Mas as pequenas diferenças fazem as grandes equipas e, para minha desventura, o Marítimo é, "só", uma boa equipa. Tal como aconteceu em Alvalade, o Marítimo voltou a cometer uma infantilidade que originou o primeiro golo de Lisandro, sobre o intervalo. Note-se que o argentico recebe a bola de costas para a baliza, dentro da área, e teve tempo para rodopiar, observar Marcos, e escolher o lado mais conveniente para a erupção do júbilo. Tudo isto perante a complacência de Ricardo Esteves e demais defesas.

O Marítimo perdeu todos os duelos com os "grandes", durante esta época, mas nunca foi subjugado. Apesar dos números expressivos, ontem, o FC Porto só manietou o Marítimo quando a equipa já estava reduzida a 10, depois de um excesso de zelo de Pedro Henriques. E aqui chegamos ao móbil deste texto: a revolta.

Como enfatizou o técnico do Marítimo - a quem imputo responsabilidades pela derrota -, o FC Porto não necessita de critérios dúbios para vencer. Todavia, durante o primeiro tempo, Lisandro foi alvo da benevolência do árbitro, escapando à expulsão, e este período de Quaresma também beneficiou Ricardo, quando este pontapeou Mossoró, numa altura em que a bola já se encontrava fora de campo. Por outro lado, Pedro Henriques não hesitou em expulsar Djalma, quando não é líquido que o jogador tenha intenção de interceptar a bola com a mão. Com ardis similares, aparentemente inócuos, os "pequenos" são mutilados e devorados por predadores de garras moles.

A segunda parte do jogo iniciou-se com o Marítimo a demonstrar capacidade para amedrontrar Helton. Todavia - e aqui censuro Lazaroni -, manteve-se Djalma em campo, jogador em risco de expulsão, quando Kanu poderia ter rendido o extremo-esquerdo dos madeirenses, mantendo a equipa "viva". Previa-se que o FC Porto iria explorar a natural inexperiência do angolano para forçar a expulsão. Não foi necessária, porém, qualquer manigância de Quaresma e companhia para o fim precoce de Djalma, e do Marítimo. O FC Porto só necessitou da astúcia de Pedro Henriques.

O Marítimo perdeu. 3-0. Esta é a história que fica para a História. Contudo, na minha recordação também se enraíza a jactância pútrida de Jesualdo Ferreira, cujas declarações, após o jogo, indiciam uma pulsão pela formatação prévia das arbitragens. Oh Jesualdo, perante tamanhas evidências, age como a imagens sugere. Por que não te calas, porra?!?

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publicado por VFS
Comentários a "Por que não te calas?"
Anonymous Anónimo
Não era melhor só analisares os jogos depois de passar a azia? As pastilhas Rennie ajudam muito...

Então e o penálti que ficou por marcar (mais uma vez Pedro Henriques no seu melhor) sobre o Farias?

E se o golo do Tarik não entra ficava mais um penalti por marcar sobre o Lisandro que é escandalosamente atropelado na área!

É óbvio que também houve erros a favor do FCP mas este texto só tenta falsear a realidade. Mas o melhor é não haver um texto teu a comentar o Benfica - Paços para a Taça. Se calhar não interessa pois não?
17 de fevereiro de 2008 às 11:47  
Anonymous Anónimo
A cegueira também faz mal aos olhos!!!
17 de fevereiro de 2008 às 16:18  
Anonymous Anónimo
Caro FM,

O Vítor Sousa é um adepto incondicional do Marítimo.

Na minha opinião, foi de facto uma má arbitragem de Pedro Henriques, mas quer se goste ou não o FC Porto mereceu ganhar. São e foram melhores! Ponto final. O Benfica não é para aqui chamado, apesar de arbitragem que referiste ter sido também de má qualidade!

Cumps.
17 de fevereiro de 2008 às 17:38  
PPPOOORRRTTTOOOOOOOO
17 de fevereiro de 2008 às 17:44  
Blogger VFS
Naturalmente que esperava a irascibilidade dos adeptos do FC Porto que aqui desembocam. Todavia - e sem qualquer resquício de azia -, reitero a minha repulsa pela forma ardilosa como Pedro Henriques formatou o jogo, ao expulsar Djalma. Quanto ao alegado penaltie sobre Farias, parece-me que o Bruno toca na bola, antes de derruabar o adversário. De qualquer modo, procuro manter o respeito pelas pessoas que visitam e comentam. Entre outros princípios incorruptíveis está a recusa em tutear alguém, quando não conheço o interlocutor.

Em suma, como enfatizei no texto, o Porto só foi superior em superioridade numérica, mas a vantagem no marcador, ao intervalo, deve-se, indubitavelmente, à superior qualidade dos jogadores portistas.
17 de fevereiro de 2008 às 19:31  
Anonymous Anónimo
Jactância Pútrida? Manigância? Sectarismo? irascibilidade? desembocam? Desculpem mas mete nojo ler isto. Mistura palavras simples com palavras destas. Isto é que é mau português. Era suposto facilitar a vida aos leitores. Aquele ''jactância pútrida'' é demais. AHAHA
17 de fevereiro de 2008 às 21:34  
Não mete nojo ler o português elevadíssimo do Vítor Sousa, que actuando aqui como opinador, não é obrigado a respeitar a um português acessível, como nas notícias que escrevemos, essas sim com obrigatoriedade de um português mais simples. Enoja quem se esconde atrás da "capa" de anónimo sem assumir a sua identidade porque para o mal ou para o bem, tanto eu, como o Vítor, como muitos outros colaboradores e leitores deste blog identificamo-nos. Respeitamos e aceitamos as críticas, construtivas, não as que vão de encontro ao ataque pessoal. Já agora, para os mais distraídos, o Vítor é maritimista convicto e o seu papel é comentar jogos do Marítimo e não do Benfica, embora tenha total liberdade para fazê-lo se assim o entender.

Cumprimentos a todos

Administração PF10
17 de fevereiro de 2008 às 22:04  
Anonymous Anónimo
oh vitor:

Não acho que o meu comentário tenha sido irascível. O teu texto teu texto é que revela muito incómodo (para não dizer azia).

Se até ao primeiro golo o Marítimo deu boa réplica, depois não teve qualquer hipótese. Não há maneira de negar isto.

Também fiquei sem saber a tua opinião sobre o lance que dá golo do Tarik, antecedido na minha opinião de falta sobre o Lisandro (respondeste à do Farias mas esqueceste-te deste lance).

P.S. Não sei de que clube são os cronistas deste blog (comecei a passar por cá à pouco tempo) mas acho que ao fazerem uma análise deste tipo ficava bem dizer as cores do coração.
18 de fevereiro de 2008 às 00:49  
Blogger VFS
Sim, compreendo os pruridos do pusilânime que se esconde sob o manto do anonimato. Reconhecer a ignorância é demasiado lancinante. Nada mais posso fazer do que alvitrar visitas cíclicas a um bom dicionário. Os textos escolhem os seus leitores, pelo que se os leitores repelem um texto, também os textos, ao nascer, seleccionam os alvos. E há elos mais fracos...

Caro FM, não há dúvidas de que existe uma falta grosseira sobre o Lisandro, a anteceder o golo do Tarik. Estou no desporto como na vida: com integridade. A azia a que se refere é, julgo, compreensível, uma vez que também não permaneceu impávido quando, nas competições europeis, o FC Porto é espoliado, como aconteceu, por exemplo, num jogo em Munique, quando o Jardel ainda actuava nos "dragões". No entanto, note, o segundo golo do seu clube surge quando o Marítimo já se encontrava reduzido a 10, e aqui radica o móbil da minha revolta: uma expulsão injusta que desmembrou uma equipa que, como você justamente reconheceu, estava a dar uma boa réplica.
18 de fevereiro de 2008 às 00:58  
Anonymous Anónimo
Amigo Vitor és grande daí haver ai um mané que não gosta do teu portugues..quanto ao fm ..azia ? enganas te na pessoa o Vitor é 100%CSM logo não faz sentido.Quanto ao tema central nao podia estar mais de acordo com o meu Amigo ,já sabemos como é os grandes são sempre os grandes beneficiados ,o choradinho do jesualdo deu resultados..O que vale é que somos e seremos Sempre do Maior das Ilhas e que um dia a glória de 26 será novamente uma realidade .. Abraço para ti
18 de fevereiro de 2008 às 01:56  
Madeirense que apoia cubanos=Colono,Medíocre,Fraco.

3 "Grandes" = MERDA

MARÍTIMO SEMPRE!
19 de fevereiro de 2008 às 01:56  
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