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Jardel sobre o futuro: «Só falta uma equipa boa para voltar à tona»
Jardel regressou a Portugal na quinta-feira, curiosamente na data que assinalou o Dia do Trabalhador, um estatuto que o avançado brasileiro, duas vezes Bota de Ouro, pretende reaver. Vindo da Turquia, onde foi homenageado pelo Galatasaray, e com destino ao Brasil e à sua casa, em Fortaleza, ainda sem futuro definido, Jardel falou sobre o declínio da carreira, o consumo de cocaína e a vontade de voltar a jogar.

«Há alguns clubes sondando, mas nada de concreto. O mais importante é estar bem comigo mesmo e esperar o momento de assinar um novo contrato», assumiu o jogador, à chegada ao Aeroporto de Lisboa, que não pisava território luso desde que trocou o Beira Mar, em 2006, pelo Anorthosis do Chipre.

É, aliás, a crença de que pode ainda jogar ao mais alto nível que move Jardel. «Claro! Quem sabe? F.C. Porto, Benfica e Sporting... Era bom!», perspectivou, com um sorriso, próprio de quem sente que a carreira vai conhecer melhores dias: «Sou profissional, posso jogar mais dois/três anos, mas numa equipa boa, que jogue para mim, que acredite em mim. Só falta isso para voltar à tona.»

Tal como aconteceu no F.C. Porto, com a preciosa ajuda do sérvio Drulovic e dos seus cruzamentos, que o colocaram na rota da primeira Bota de Ouro da sua carreira, título que distingue o melhor marcador da Europa, e mais tarde no Sporting, com João Vieira Pinto, onde somou a segunda distinção. Jardel garantiu ter todas as condições para voltar a brilhar. «Não sei fazer só golos de cabeça, também sei fazer com o pé e bonitos! Sou um jogador de área e a bola aparecendo na área não deixarei de ser matador como fui no F.C. Porto e Sporting.»

«Se fosse hoje, ficava no Galatasaray»

Há alguns dias Jardel assumiu, em entrevista a uma televisão brasileira, ter consumido cocaína, droga de que assegurou ter-se livrado há dois meses e que responsabilizou pela decadência que viria a qualificar o seu trajecto. Depois da glória vivida no F.C. Porto e do estatuto adquirido, o goleador brasileiro sonhou mais alto, mas esse mais teve lugar na Turquia.

«Psicologicamente deixou-me abatido... Sempre sonhei jogar no Real Madrid, Barcelona, Chelsea, Milan, Inter...», recordou, ainda que do Galatasaray, onde conquistou a Supertaça, tenha as melhores recordações. Jardel chegou a dizer, inclusive, a um jornal turco, ter-se arrependido de voltar a Portugal para representar o Sporting.

«Em termos financeiros... Arrependido hoje, naquela época não. Hoje estou arrependido porque passei de um contrato de quase dez milhões de euros por ano para metade. Mas foi uma aposta maravilhosa. Se fosse hoje ficava no Galatasaray. Receberam-me muito bem e estou feliz com a homenagem que me prestaram e que poucos clubes que representei fariam», admitiu esta tarde, negando estar a criticar F.C. Porto ou Sporting.

«Para mudar o futuro tenho de aceitar o passado»

O consumo de cocaína é, para Jardel, parte do passado, tal como as más recordações, decidido que está a recuperar a carreira. As «saudades de um bom relvado, de um bom cruzamento, de marcar» são muitas e servem de mote a novos desafios. «Não imaginam o peso que saiu das minhas costas. Para mudar o meu futuro tenho de aceitar o passado e enfrentar todos os obstáculos para que possa vencer daqui para a frente e ser um novo homem», confessou, reconhecendo ter em mãos «a bomba enorme de não errar».

E a necessidade justificou o momento escolhido para o desabafo internacional. «Não estava aguentado mais. Agora, bola para a frente, trabalhar e tentar esquecer o passado, que foi momentâneo. Não sou viciado em nada, sempre fui forte e não é agora que vou cair», defendeu Jardel, reiterando que não tem «mais margem para erro».

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publicado por Bruno Leite
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