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FCP CASTIGADO PELA UEFA: Platini fala em batoteiros e a pressão acentua-se
A decisão de afastar o FC Porto da Liga dos Campeões, assim como as sanções aplicadas ao CSKA de Sófia e ao Steua de Bucareste, devem ser entendidas, disse Michel Platini, presidente da UEFA, como "uma mensagem contra a batota". Sem mencionar o nome do campeão português, mas também sem o excluir das considerações que fez, Platini discorreu ontem, em Basileia, sobre as decisões disciplinares recentes. "É uma mensagem muito forte contra a batota. Se tivermos casos em que os visados são reconhecidos como batoteiros pelas suas federações, é igual serem ricos ou pobres, do Norte ou Sul", disse, sublinhando, repetidamente, que só dirige o organismo há um ano. Ou seja, a admissão de outros clubes em circunstâncias duvidosas, no caso o Milan, foi anterior à sua gestão. "Estamos a afirmar que não se pode falsear as regras e isso aplica-se também aos clubes com dívidas, já que colocam os seus adversários em desvantagem", rematou, numa tirada mais direccionada ao CSKA.

Sobre a Juventus, que Platini representou enquanto jogador, nem uma palavra. Mas é precisamente a Juventus, que volta pela primeira vez à Liga dos Campeões após ter sido condenada em Itália por corrupção, que o FC Porto contesta. Além de todo o trabalho jurídico desenvolvido nos últimos dias para contestar a decisão do Comité de Disciplina, os portistas começam a receber um retorno solidário de alguns clubes europeus, concretamente de parceiros que faziam parte do extinto G-14 e que formam a actual Associação Europeia de Clubes (ECA), conforme escreveu ontem o "JN".

O líder do Bayer Munique, Karl Heinz Rummenigge, que preside à ECA, tem-se empenhado pessoalmente na contestação à decisão tomada contra o FC Porto. O G-14 nunca foi bem visto por Platini, que não descansou até à sua dissolução, mas o aparecimento da ECA acabou por garantir força aos clubes e o apoio declarado aos portistas é visto como um factor acrescido de pressão sobre a UEFA, obrigando-a a reagir. Já o tinha feito, através do seu porta-voz para a Comunicação, quando Gilberto Madail contestou a decisão e, curiosamente, volta a fazê-lo agora, por coincidência no dia em que surgiu na Imprensa portuguesa esse apoio declarado da Associação Europeia de Clubes, e também, conforme escreveu o "Record", o facto de um dos juízes que tomaram parte da decisão do Comité de Disciplina ser adepto da Juventus. Ainda que os portistas não pretendam atribuir grande significado a esse detalhe, pelo menos publicamente, não deixa de ser um pormenor curioso, susceptível de levantar especulações, isto porque um dos argumentos jurídicos mais relevantes que fazem parte da defesa do FC Porto é precisamente a suposta dualidade de critérios aplicada no caso da Juventus. Apesar de terem estado oficialmente envolvidos no "calciocaos", de falseamento de resultados, os italianos não entraram em choque com os critérios de admissão à Liga dos Campeões.

Com a defesa alinhavada, os dragões parecem, ainda assim, pouco convencidos de uma decisão favorável no Comité de Apelo, a segunda instância de recurso.

A confirmar-se esta suspeita, o FC Porto terá de apostar tudo no Tribunal Arbitral Desportivo (TAS), mas, aqui, em contra-relógio, porque, sendo um organismo independente da UEFA, tem os seus prazos específicos que terão de ser acelerados para garantir uma decisão a tempo de não comprometer o início das provas europeias da próxima época. Até chegar a essa fase jurídica, o assunto parece encravado numa fase política, com enredo completo.

fonte: o jogo.pt

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publicado por Bruno Leite
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